segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Saber...

Será que sei quem sou, que sou o que penso ser?
Será que sei quem vou ser se não sei quem sou agora?
Será que sei o que fazer quando não sei o problema?
Será que conheço um lugar se lá estive nem vi?
Será que sei o nome da música se nunca a ouvir passar na rádio ou em algum sitio?
Será que penso que sei, se afinal já não sei?
Será que sei corrigir os meus erros e pecados se não me conheço?
Será que sei ser pessoa e partilhar ter sentimos e ajudar?
Será que sei o que realmente devo saber, se quero saber o que não sei?
"ABRIL DE ABRIL"
"Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas." 

Manuel Alegre

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Amor, Paixão e Amizade

Amor e Paixão dentro do meu coração.
Faz-me pular, e no meu coração passa um trovão.
Sentimento que me deixa confuso e baralhado.
Fico sem saber o que fazer e preocupado.
Saber amar e respeitar, sentir no coração.
Ser amigo e ajudar e a amizade preservar.
Dar e oferecer, não apenas receber.
A sensação de satisfação no fundo do coração ao ouvirmos um "obrigado".
Saber sentir e fazer, para vermos os que amamos a sorrir.
Não apenas ler isto e esquecer.
Mas sim levar na alma e a outros "oferecer" para que um mundo melhor possamos fazer.

O Corpo Humano

Era uma vez uma célula, e essa célula juntou-se com outra célula e foram-se juntando outras células, células essas juntas foram formando tecidos, tecidos que se foram organizando e órgãos foram-se acumulando, esses mesmos órgãos criaram sistemas, sistemas esses que juntos formam um organismo.

Vida

A Vida e como uma roda que gira, que gira como o mundo que é a nossa casa onde vivemos, e que gira á volta do Sol que é estrela que só graças a ela temos uma vida. Vida que tem várias mudanças e rumos tal como uma montanha-russa que desce e sobe e um barco que percorre o mar e os seus obstáculos. Obstáculos que nos podem aparecer a qualquer altura, obstáculos que são como surpresas. A temos sempre um sonho para a nossa vida, tal como um um animal feroz que corre em busca da sua presa, animal esse que é como uma pessoa que corre atrás do seu sonho, sonho esse que só alcançamos com esforço e dedicação, esse esforço e dedicação que  ganhamos, como uma criança ganha conhecimento na escola. E Vida entre outras coisas tem um começo e um fim, tal como uma corrida que tem partida e uma meta, meta essa que todos queremos alcançar e é assim que explico "o sentido da vida".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Ser Poeta"

"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!"

                                   Florbela Espanca

O Outono e o Inverno

O Outono, é uma estação do ano. A sua tristeza e mistério são como um pano que se vai estendendo ao longo dos dias. Mas também há beleza, as árvores despem-se em vão, e as folhas caem no chão. As florestas no seu silêncio e imensidão, fazem com que nos percamos no olhar com coisas de espantar. As cidades, de manhã adormecidas pelo frio e o nevoeiro parecem como uma cidade fantasma ou flutuante de um conto de fadas. O nevoeiro de manhã rega as plantas e as flores, as rosas e os amores. A sua beleza apaixona e devido ao seu mistério, faz-nos cair num mar de solidão.
Depois como se nada fosse, chega o Inverno, os rios congelam. As árvores vestem-se de neve. Tudo e mistério e beleza. Os animais escondem-se e outros aparecem. O Inverno é a estação mais bonita do ano. De manhã ao acordar os flocos de neve na janela do meu quarto vão poisar.